Ah, sim! Apaixonar-se é sim, confrontar a si mesmo, todos os dias. Confrontar-se com a sua razão, questionar diariamente os seus valores, principalmente quando o castelo de cartas se desfaz diante de seus pés, e aquilo que você tinha como sendo a sua verdade se torna tão efêmero quanto é, em si, o fôlego da vida.
E, como tomados de um torpor, ébrios de paixão, nem hesitamos pagar o preço... the price of love, como canta o vocalista do New Order, famosa banda de sinth pop dos anos 80/90, em "World".
Como há muito não acontecia, paguei o preço por acreditar ser, a minha paixão da vez - sim, da vez! Acredito, piamente, que a minha vida amorosa respeita uma certa sazonalidade: há o período em que me apaixono pelos cafajestes, pelos canalhas, pelos certinhos demais, e agora, pelos gays! - perfeitamente viável. E esbarro na impossibilidade do impossível, e na dor da decepção em perceber o ser amado bem distante das suas próprias expectativas. Às vezes pintamos o quadro beeeeem diferente da moldura que o acolherá. Às vezes a moldura é mais bonita do que o conteúdo. Às vezes desvalorizamos a gravura dando a ela uma moldura mesquinha, vagabunda.
"Cause I was wrong", canta agora em meu CD player, a minha diva Tracey Thorn (meu alter ego). Ah, Tracey, I was wrong too. Unfortunatelly.
"And you started laying down the law
Til I didn't love you anymore..."
Puff!!!!
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