sábado, 27 de março de 2010

Careless Whispers



Hoje eu tive um sonho.

Nele não havia imagens. Apenas a sua voz, cantarolando baixinho, como você costuma fazer. Sabe que adoro prestar atenção quando isso acontece? Você canta, como se fosse proibido, como se estivesse com medo de ser descoberto, de ser notado, ou de incomodar alguém... é um momento assim tão, delicado, tão... tão você! Nesses momentos, é impossível não imaginar você me confidenciando seus segredos, falando baixinho, de olhos fechados...

... voltando ao sonho, era como se você cantasse uma canção de ninar, numa rede preguiçosa, numa tarde preguiçosa e nublada de domingo. Minha cabeça recostada em seu peito, ouvindo as batidas firmes e compassadas do seu coração, nossas respirações no mesmo ritmo, enquanto a sua voz me embala num sono tranquilo...

Devaneios, ah, meus devaneios... tão improváveis quanto a realização deste sonho.

Definitivamente a gente não escolhe de quem é que vai gostar. Ah, coração vagabundo leviano!

Now listening: Deve ser, by Jorge Vercilo.