sexta-feira, 2 de março de 2012

"They call you Jezebel..."

"But I'm a shadow, I'm only a bed of blackened coal
Call myself Jezebel for wanting to leave..."
 
10000 Maniacs. Jezebel: in Our Time in Eden, 1992.
 
"Jezebel, Jezebel
Won't try to deny where she came from..."
 
Sade. Jezebel: in Promise, 1985.
 
"Then Death come knockin' on Jezebel's door and said
'Come on woman ain't you ready to go?
Of your evil deeds God's done got tired, you got to go to judgment, stand trial."
 
Recoil. Jezebel: in Liquid, 2000.
 
"They call you Jezebel
For what you like to wear
You're morally unwell
They say you'll never care for me."
 
Depeche Mode. Jezebel: in Songs Of The Universe, 2009.


Eu poderia continuar citando vários e vários trechos de músicas, cujos títulos tomam emprestado o nome da Princesa Fenícia, que foi casada com o Rei Acabe, de Israel, como resultado de uma aliança para fortalecer as relações entre os dois reinos. Segundo conta a história, a famigerada Rainha arquitetou uma verdadeira perseguição aos sacerdotes e profetas israelitas, que, para não terem suas vidas ceifadas, exilaram-se no deserto, a exemplo do profeta Elias, o seu mais ferrenho repressor.
 
Nas músicas que citei anteriormente, e em tantas outras, ela aparece tal qual o retrato pintado pela cultura popular: uma mulher sedutora, sem escrúpulos, criadora de intrigas e contendas. A psicologia moderna define essas pessoas como psicopatas, sociopatas, cínicos. Eu definiria como ladrões de consciência. Aprontam, mas conseguem inverter o quadro a seu favor, e continuam a utilizar dos seus meios torpes, mesquinhos, baratos, para iludir, enganar, ludibriar os desavisados.

Na História Antiga, Jezabel teve um fim trágico. Teve seu filho, Jorão, morto pelo profeta Jéu, e foi arremessada da janela, tendo seu sangue atingido as paredes e os cavalos. Cães que passavam na hora da confusão, devoraram seu corpo, restando apenas o seu crânio e as suas mãos. Mesmo assim, o profeta ordenou que a sepultassem como filha de reis que era, conferindo assim a Jezabel a dignidade que ela não tivera em vida.

Será esta a lei do retorno?

Será que se aplica, aos casos contemporâneos, esta tal lei do retorno?

Li no mural de uma das minhas filhas adotivas, uma mensagem que se encaixa como resposta à esta pergunta:

"Porque Deus é bom, nos deixa plantar o que quisermos. Porque Deus é justo, nós colhemos o que plantamos".

Assim seja.

Em quantas pessoas (homens e mulheres) você também identificou estas características?
 
By Melonella.
 
Now listening: Sick, by Evanescence.